A minha opinião sobre a temática lançada pelo João

 o meu escritório

Achei por bem também lançar a minha opinião sobre a excelente temática que o João lançou ontem.

 Embora o João já a saiba de trás para a frente, porque ainda ontem falámos pessoalmente disto, mas o resto das pessoas não sabem. Eu pessoalmente adoro o que faço, muito mais desde que me virei para o futebol, porque alio o prazer de ver jogos ao facto de fazer dinheiro. Na altura em que trabalhava com as corridas de cavalos passei alguns tempos um pouco cansado e desiludido. Isto é, fazia dinheiro, mas senti que não tinha mais evolução pendende e trabalhar aquelas 3 ou 4 horas já era quase um sacrifício, era porque tinha que ser.

Actualmente com o futebol é bem diferente. Não me incomoda minimamente estar 3 horas ou mais por dia a ver futebol e a trabalhar. Amo o desporto desde muito novo, quem me conhece sabe disso. Nunca conheci ninguém que gostasse tanto de futebol como eu gosto, acreditem. Isto é a grande mais valia do facto de trabalhar com o futebol.

Quanto á aceitação das pessoas, eu acho que quando começamos a ter muito orgulho no que fazemos, acabamos por começar a dizer as coisas como elas são. Eu até há uns tempos recusava-me a dizer no que trabalhava, mas fui alterando essa situação. Actualmente tenho dito praticamente sempre que trabalho com acções de futebol - um facto que queria realçar, jamais utilizo a palavra "apostas" quando digo o que faço, porque aí é a morte do artista, mas eu próprio não me sinto bem com isso, a palavra faz-me confusão - tenho a minha profissão na minha informação do facebook, as pessoas da zona que me rodeiam já sabem todas aquilo que faço, até os pais da minha namorada o sabem, perdi o medo e a vergonha de dizer como trabalho e em vez disso ganhei orgulho, principalmente desde o futebol. Porque explicar que ganhava dinheiro com cavalos, ui, era ainda mais complicado.

Esse orgulho que hoje tenho fez-me mais forte, e confesso que cheguei a evitar situações como almoços com pais de amigos/primos/avós, etc por causa do que faço. Hoje em dia todos sabem e já não há nada a esconder. E por mais que teimem em duvidar aparece sempre aquele carro novo, ou aquele telemóvel novo, ou aqueles jantares constantes fora de casa, ou aquela roupa nova, ou isto ou aquilo. E as pessoas acabam por se aperceber que me auto-sustento mesmo.

 O lado mau de contar o que faço é que há sempre pessoas que se interessam pelo tema e vão explorar, e isso é que me incomoda. Sei que isto é um mundo perigoso.

Sejamos francos, nos comentários ao post do João estão cerca de 10 pessoas ou mais que ganham consistentemente com as apostas, mas eu tenho a certeza que metade das pessoas, ou mais, não ganham com trading, mas sim com outras formas de rendimento que as apostas oferecem. Isto é um mundo difícil, não se adequa a todos e a maior parte "morre" a meio do percurso. Há que ter noção disso. Incomoda-me quando grande parte dos meus amigos que sabe o que faço, tente ganhar dinheiro na betfair.

Por outro lado, também já reparei que isso são fases e que a maior parte das pessoas que tentam vão e vêm. Dos amigos que tenho, já cerca de quase uma dezena tentaram a betfair. Actualmente sobrevivem 3 ou 4, um ou outro também prestes a desistir e talvez um (sem contar com o João) consiga ser bem sucedido. Mas... talvez.

Por isso também é algo a que me fui habituando, as pessoas querem saber o que é, querem experimentar porque se eu consigo fazer dinheiro com futebol então elas também têm de conseguir. É normal e legítima essa linha de pensamento. Então tentam, depois desistem e pronto, volta tudo ao normal, com a vantagem que agora já sabem bem o que faço e que é difícil mas que consigo, e somos todos amigos na mesma.

 E pronto, basicamente é isto. O resto não me incomoda, o facto de não ter jantares de natal nem futeboladas, porque esses aspectos eu preencho durante o resto do tempo que tenho livre, e que para um trader de futebol é mesmo muito. Tanto que brevemente também tenho projectos para ocupar um pouco das minhas manhãs e aquelas 2 horas ou 3 depois do almoço.

Mas atenção, o João é uma pessoa muito mais "sociável" do que eu. Está sempre pronto para conhecer novas pessoas, viajar imenso, explorar montes de vertentes. Daí que compreendo que o trading não lhe ofereça muita coisa que ele gosta. Eu sou aquele gajo que não mete um pé num avião, por exemplo. O João já passou meio ano no Brasil, já esteve em muitos outros países, somos pessoas completamente diferentes nesse aspecto. Daí que compreendo cada linha do seu post.

 Cumps