Olá, viva!
Aqui estou então respondendo
afirmativamente ao convite que o João me fez para, inaugurando os “guest posts”
do Valor Esperado, expressar a minha opinião sobre a nóvel Associação Nacional
de Apostadores Online (ANAOn – www.anao.pt).
Antes, 2 “intróitos”...
Breve cronologia dos acontecimentos:
1. Nesta altura em que tenho estado
bastante afastado de forums e ribaltas, o facto do João e do Daniel serem
“independentes”, supra-forums, contribuiu decisivamente para a resposta positiva
ao convite que me fizeram.
2. O que aqui expresso é somente a
minha visão dos factos e a minha opinião sobre o assunto. Não estou em
“campanha eleitoral”. Reitero o que já afirmei noutras paragens: como
Lusogambler não posso e como “Manel Jaquim” (seja este o meu verdadeiro nome)
não quero ir muito mais além que isto.
Breve cronologia dos acontecimentos:
Desde há cerca de 1 – 2 anos, quando, na sequência da gradual entrada
em vigor de legislação sobre o jogo online em vários países nossos parceiros
europeus, se começou a falar mais assiduamente na necessidade de Portugal
implementar também regulamentação própria sobre este tema, que eu achei que
seria necessária uma organização de jogadores online que estivesse atenta e
tomasse parte activa no processo pré-legislativo que então começou (e ainda
estará em curso) e que fizesse ouvir a nossa voz junto dos responsáveis pelo
mesmo. Se é verdade que nunca expressei esta opinião em público, não é menos
verdade que a manifestei junto de alguns amigos mais chegados.
Depois, há algumas semanas atrás,
surgiram uma série de peças jornalísticas no Diário de Notícias sobre o jogo
online em Portugal e que culminaram com um debate público no auditório deste
jornal (infelizmente a gravação que foi efectuada do mesmo é mantida pelo D.N.
no “segredo dos deuses”). Aí o Bruno Coutinho – www.apostaganha.pt - teve oportunidade de
fazer uma breve entrevista ao Dr. Herminio Loureiro (nº 2 da F.P.F. e membro do
grupo de estudos que está a elaborar a legislação). Na altura eu classifiquei
esta conversa como um grande “furo jornalístico” do Bruno pois foi a 1ª vez que
um apostador falou publicamente com um co-responsável pelo processo legislativo
(Manuel Luis Goucha, Conceição Lino e afins não têm nada a ver com
legislação... ;) ). É verdade que se o Dr. H.L. pouco ou nada de importante
disse, pouco ou nada adiantou sobre o assunto em causa, teve pelo menos o
mérito de questionar o Bruno sobre a não existência de uma associação de
apostadores que se fizesse ouvir.
E aqui dá-se o “click”. É o tiro
de partida para que os 2 forums mais representativos dos apostadores
portugueses se lancem, quais Usain Bolt e Yohan Blake, na corrida para a
criação da Associação de Apostadores. Tal como na final dos 100m Olímpicos em
que Bolt parte menos bem e acaba ganhando destacado, também aqui,
aparentemente, a Academia das Apostas/Paulo Rebelo parece partir atrasada mas
no fim e, convenhamos, pela calada (nada foi previamente dito no forum),
apresenta a ANAOn como um facto consumado, devidamente criada e legalizada. Por
esta altura o Aposta Ganha, que entretanto passou a discussão pública da
criação da associação para uma área semi-privada à qual eu, enquanto “silent
reader”, não tinha acesso, ainda estaria, ou não, como diria a minha Avó, a
“encanar a perna à rã”...
O que se passou nas 24-48h
seguintes à divulgação da ANAOn entre os “partidários” dos 2 forums foi, para
dizer o mínimo, muito feio! Se a ideia era promover a união entre os
apostadores, foram dados vários e autênticos tiros nos pés dessa união.
Conseguiram trazer para as apostas o que de pior conhecemos nas lutas
politico-partidárias pelo poder!
Desta luta, e não invalidando
algumas reservas/discordâncias da minha parte quanto aos procedimentos de
ambos, ressalve-se a muito correcta postura dos 2 Comandantes, Bruno Coutinho e
Paulo Rebelo, que no meio da tempestade que se levantou conseguiram dialogar os
2 e chegar a uma plataforma de entendimento e união que penso ser desejável
para todos pois, se não unanimemente, é de certeza bastante consensual a
opinião de que faz (ou fazia) falta uma Associação de Apostadores.
Papel da ANAOn no
panorama do jogo online:
Tal como consta do anúncio da sua
fundação e, a meu ver, bem, a Associação deve ter intervenção sobretudo em 3
áreas distintas:
Se a curto prazo o ponto 1. será o mais urgente, é, igualmente, o mais dificil. Noutro contexto, já tive oportunidade de dizer que se pensarmos nos mais variados âmbitos da nossa sociedade e economia vemos várias organizações de trabalhadores, sindicatos, Ordens Profissionais e afins, com o peso de vários anos de História por trás e a força de representarem profissões, convenhamos, bem mais importantes que a nossa actividade (e reparem que não lhe quero chamar profissão...). E que força legislativa têm essas organizações? Muito pouca. O Estado decide e legisla como muito bem entende, na pior das hipóteses enfrenta meia dúzia de dias de greve e depois tudo segue o seu caminho. Por isso, sejamos realistas, não será uma recém criada ANAOn que terá grande força. No entanto, pode e deve estabelecer-se, estar presente e ser voz activa em tudo o que diga respeito ao processo legislativo. Sobretudo, e aqui partilho inteiramente a opinião já expressa pelo Paulo Rebelo, a Associação deve dar a conhecer ao legislador as diferentes vertentes e especificidades da nossa actividade – punting, trading, arbitragens, etc – e de como essas diferenças devem ser tratadas do ponto de vista legislativo. Penso que também é importante fazer ver ao legislador que não se pode centrar exclusivamente nos aspectos fiscais e tributários (leia-se impostos e taxas de licenciamento) desta actividade; é igualmente fundamental legislar sobre aspectos de defesa do jogador/apostador perante o fornecedor de serviços (casas de jogo e apostas) tal como já existem inúmeras normas de Defesa do Consumidor perante qualquer tipo de fornecedor de serviços ou produtos. E aqui entramos no ponto 2. dos acima mencionados...
1. Parceiro activo na elaboração da
legislação.
2. Defensora dos apostadores nas
questões e problemas que surjam entre estes e as casas de apostas desde que,
naturalmente, estes problemas não sejam resultantes de desonestidade e tentativas
de burla por parte de nós apostadores.
3. Profiláxia e auxílio ao
tratamento (quando a prevenção não tenha chegado a tempo) da ludopatia – vicio
do jogo, em linguagem simples.
Se a curto prazo o ponto 1. será o mais urgente, é, igualmente, o mais dificil. Noutro contexto, já tive oportunidade de dizer que se pensarmos nos mais variados âmbitos da nossa sociedade e economia vemos várias organizações de trabalhadores, sindicatos, Ordens Profissionais e afins, com o peso de vários anos de História por trás e a força de representarem profissões, convenhamos, bem mais importantes que a nossa actividade (e reparem que não lhe quero chamar profissão...). E que força legislativa têm essas organizações? Muito pouca. O Estado decide e legisla como muito bem entende, na pior das hipóteses enfrenta meia dúzia de dias de greve e depois tudo segue o seu caminho. Por isso, sejamos realistas, não será uma recém criada ANAOn que terá grande força. No entanto, pode e deve estabelecer-se, estar presente e ser voz activa em tudo o que diga respeito ao processo legislativo. Sobretudo, e aqui partilho inteiramente a opinião já expressa pelo Paulo Rebelo, a Associação deve dar a conhecer ao legislador as diferentes vertentes e especificidades da nossa actividade – punting, trading, arbitragens, etc – e de como essas diferenças devem ser tratadas do ponto de vista legislativo. Penso que também é importante fazer ver ao legislador que não se pode centrar exclusivamente nos aspectos fiscais e tributários (leia-se impostos e taxas de licenciamento) desta actividade; é igualmente fundamental legislar sobre aspectos de defesa do jogador/apostador perante o fornecedor de serviços (casas de jogo e apostas) tal como já existem inúmeras normas de Defesa do Consumidor perante qualquer tipo de fornecedor de serviços ou produtos. E aqui entramos no ponto 2. dos acima mencionados...
Todos nós sabemos, e
provavelmente já sentimos directamente na carteira, o autoritarismo, a
prepotência e arrogância quase ditatorial como somos tratados pelas casas de
apostas sempre que surge algum problema. Na dúvida somos todos vigaristas; na
dúvida somos todos falsificadores; na dúvida somos nós que temos que provar
tudo muito bem provado (às casas basta afirmar sem necessidade de nada
provarem...). Sem dúvida, qualquer situação que surja, rarissimamente é
resolvida a favor do apostador. Tudo isto, aliado a algumas cláusulas que
constam dos “Termos e Condições” das casas de apostas, verdadeiramente
atentatórias das mais elementares normas de Defesa do Consumidor em que uma das
partes detém todos os direitos e a outra (nós, apostadores) apenas
responsabilidades. São os tais contractos leoninos que urge terminar!
Para tudo isto e mais alguma
coisa, é importante que a legislação, no que diz respeito ao presumível processo
de licenciamento das casas de apostas, contemple também a obediência destas a
várias normas de Defesa do Consumidor e dê à Associação “armas” para que nós
apostadores tenhamos uma organização que
nos defenda numa situação de conflito com as casas de apostas
(excluindo dessa defesa, como disse atrás, situações de franca desonestidade e
falcatrua da nossa parte).
Notem que realcei e sublinhei “que nos defenda”. Eu não quero
provedores nem mediadores; para isso vou a um padre ou aos Julgados de Paz. Eu não
quero quem fique equidistante numa situação de conflito. Eu quero uma
legislação que garanta a defesa dos meus direitos de apostador e uma Associação
que efectivamente actue sem reservas na defesa desses direitos em caso de
conflito com o fornecedor.
Para além de tudo isto, e
entrando agora no ponto 3., acho muito importante que a Associação tenha também
um papel social relevante. A talhe de foice, realçar desde já as acções que
quer o Aposta Ganha quer a Academia das Apostas têm tido de apoio a instituições
de solidariedade.
No que à ANAOn diz respeito, e
sem prejuízo de no futuro expandir as suas acções a outras esferas, deve desde
já e sempre privilegiar a profilaxia da ludopatia em tudo o que venha a
intervir. O vicio do jogo existe, é terrível e muito mais escondido talvez que
outros vicios. Qualquer um de nós vê um tipo a cambalear ou com ar de janado e
facilmente o identifica como alcoólico ou drogado; um ludopata será mais
dificil de diagnosticar. Paralelamente, os nossos “inimigos” (por enquanto
mantenho as aspas...) Santa Casa e Associação de Casinos bem se esforçam, e até
com algum sucesso, em passar para a opinião pública que o jogo online é o pai
de todos os vicios de jogo – como se antes da Internet não houvesse viciados em
jogo – e todos nós uns neuróticos que passamos 24h/dia no computador a destruir
contas bancárias e a arrasar as jóias da família. Não sendo o objectivo
principal, esse deve ser mesmo a prevenção da ludopatia, é também importante
que a ANAOn demonstre que é falso o que aqueles que se sentem mais atingidos
pelo jogo online pretendem passar para a opinião pública.
Dito tudo isto (e tanto mais que
ainda ficou/fiquei por dizer...) quero só acrescentar que ainda não me inscrevi
na ANAOn. Correndo o risco de ser mal interpretado (mas também eu só sou
responsável pelo que eu escrevo, não por aquilo que vocês lêem ou interpretam)
e parafraseando Groucho Marx que dizia não querer ser sócio dum clube que o
aceitasse como sócio, pela minha parte e por enquanto, quase me apetece dizer
que não quero ser membro duma Associação que chegou a falar em mim para
Presidente...
De referir ainda que está
anunciado para o próximo dia 21 – 3ª feira – uma sessão de esclarecimento via
Team Speak e espero para ver se nessa altura ficarei aquilo que não estou
agora: esclarecido. Em função disso decidirei a minha posição.
Terminada que está esta longa dissertação,
talvez se o João e o Daniel não me exigirem o exclusivo da mesma, eu a envie
para a Lusófona e assim obtenha por equivalência um Mestrado ou mesmo um PhD em
“Ciências Apostológicas”...
O LusoGambler é um dos membros mais respeitados da tradeosfera portuguesa que para muitos vós dispensa de qualquer apresentação. Para os que ainda não o conhecem e para os que desejam conhecer um excelente espaço sobre trading/apostas desportivas, não deixem de visitar o seu blog em www.lusogambler.com
Uma vez mais, o Valor Esperado agradece ao LusoGambler por nos dar a sua opinião sobre um dos temas, senão o tema mais discutido actualmente nos fóruns de apostas em Portugal.
Desconhecia essa guerra na criação da associação de apostadores e a forma como as coisas foram feitas. Eu bem tento ter uma boa opinião sobre as pessoas, mas dessa forma fica difícil ;)
ResponderEliminarQuanto à questão relativa à associação como defensora dos direitos dos apostadores, principalmente na hora de pagarem os ganhos, é onde tenho menos esperança ,se é que alguma, que uma associação como esta consiga fazer algo por nós. Já vivi isso na pele algumas vezes e é desesperante. Nem Sportsbook Review, nem mesmo a eCOGRA, mostraram sequer capacidade de resolver o conflito. Felizmente a betfair é certinha, na maioria dos casos...
Excelente post Luso
ResponderEliminarTal como o Luso disse, é de elogiar a postura do Bruno Coutinho e do Paulo Rebelo neste processo. O resto são guerras de pessoas que criticam sempre, seja porque sim seja porque não.
ResponderEliminarExcelente Post.
ResponderEliminarComo sempre, directo e objectivo.
ResponderEliminarMais do que fazer ouvir a voz dos apostadores na legislação, é preciso papel activo após a mesma ser criada. Alguém que intervenha e que ajude os apostadores na resolução de "conflitos" que até hoje as casas de apostas criam e resolvem como lhes apetece.
Veremos a postura, e dia 21 estaremos, certamente muitos, a ouvir essa sessão de esclarecimentos ;)
Bem, ainda me lembro do que ouvi do Lusogambler aquando do aumento das Premium Charges, que os boicotes não iam dar em nada. E foi isso que aconteceu!
ResponderEliminarAgora sou eu que digo que com associação ou sem associação vai dar ao mesmo e agora estão os apostadores (gestores de risco como lhes chamo) no meio dos leões, estado e casas de apostas. Todos eles mais mafiosos que todos os apostadores do mundo juntos!
Portanto a resposta que muito provavelmente vamos ter é a de que o estado vai decidia seu favor e as casas de apostas ou se vão defender do estado ou fazer pareceria com o mesmo e os apostadores vão ficar no meio.
Quanto às premium charges que se pagam e aos problemas com as casas de apostas, a resposta deles e do estado vai ser simples, as regras são estas e só aceita quem quer portanto desemerdem-se.
Eles têm a faca e o queijo nas mãos!
Pois em relação ao sindicatos concordo com o lusogambler mas faço uma ressalva, os unicos que têm força são os dos transportes publicos que têm as regalias todas e mais algumas e alguns da função publica que quando fazem greve paralizam o país todo, o resto é apenas para arrecadar dinheiro para que os que dirigem os sindicatos vivam à grande.
Para mim os sindicatos são partido politicos invertidos, fazem o mesmo que os partido politicos mas do outro lado da barricada!
Assim sendo os apostadores serão sempre o parente pobre da questão, ainda por cima num país de politicos corruptos que apenas lá andam a governar-se desgovernando o país!
Parabéns Lusogambler, por uma exposição bem mais abrangente sobre este tema.
ResponderEliminarQuanto às movimentações de comunidades, no que diz respeito à criação de uma associação de apostadores, eu perguntava-me o porquê da sua demora, tendo em conta que estas sobrevivem financeiramente dos seus afiliados, e estes provavelmente negoceiam maioritariamente na bolsa de apostas, que se trata, por assim dizer, da modalidade mais susceptível a uma suspensão por tempo indeterminado após a entrada em vigor de alguma legislação.
Nessa altura, pensei que a criação de uma associação teria que partir da iniciativa individual ou conjunta destas comunidades, pelo que não condeno alguma passividade dos "utilizadores independentes".
Agora que a associação foi criada (o que para mim foi essencial para a consciencialização de todos os membros de cada comunidade), considero que foi dado o mote para a pró-actividade de apostadores independentes de afiliações se chegarem à frente.
E é por isso que defendo que, tal como cada administração das comunidades teve a organização e/ou capacidade de criar uma (independentemente de quem o fez), agora terão que se dissociar directamente dela. É um pouco contraditório, mas trata-se da questão do conflito de interesses que disse num post deste blog, e que repliquei no fórum do PR. Cada comunidade teria o seu contributo indirectamente por parte dos seus afiliados ao fazerem parte dessa associação. Existiria um organismo neutro de casas de apostas ou de individualidades que possam provocar quezílias entre estas comunidades. Claro que estas individualidades terão maior experiência para abordar cada objectivo da missão da comunidade, mas não deveriam ser os porta-vozes desta.
E por isso também o digo que, sem hipocrisias, fui criando um plano de contingência para mim próprio. Porque independentemente do que suceder em termos legislativos, o enquadramento legal muito dificilmente compensará o de outros sítios, com ou sem associação. Serei, como diria alguém, “mais um que emigrou em busca de melhores condições de trabalho”. Como tenho essa pró-actividade mas também essa possibilidade, tal não invalida que não defenda uma associação que defenda os interesses de todos os apostadores portugueses, porque um dia “gostaria de voltar à terra natal quando a conjuntura o permitir”. Porque em associativismos, é preciso votar-se em consciência. E só quando se chegar aos moldes que descrevi no parágrafo anterior, é que me consigo associar ao que foi criado. E é este tipo de atitude que nos distingue, e parafraseando uma parte da tua intervenção, do que “pior conhecemos nas lutas politico-partidárias pelo poder”.
Cumprimentos,
Pedro
Olá,
ResponderEliminarDesde já, muito obrigado a todos pelo tempo que dispensaram a ler-me e pela receptividade que o artigo teve.
João, eu não sei o enquadramento e força juridico-legal que o SBR e a eCOGRA têm. O que eu defendo para cá, é que a legislação contemple também medidas que nos protejam enquanto apostadores e que as casas de apostas, para além de pagarem as taxas que é o que mais interessa ao Estado, tenham também que obedecer a normas de Defesa do Consumidor para se licenciarem e manterem essa licença, que essas normas tenham força de Lei e que nos permitam, caso nos sintamos prejudicados, recorrer aos tribunais, eventualmente com o apoio da ANAOn, DECO ou IDC, como qualquer consumidor pode fazê-lo relativamente a qualquer bem o serviço cujo fornecimento e fornecedor esteja devidamente legalizado.
Jorge, aquando do agravamento das PCs fui eu que propus 1 dia de "greve" à Betfair. É óbvio que, realisticamente, tinha a noção de q pouco iria adiantar, especialmente se o mesmo apenas fosse feito a nível nacional... de certeza que haveria e há pessoas mais influentes que eu e, convenhamos, supostamente, mais prejudicadas pelas PCs q eu (pq ganham bem mais que eu) a quem interessaria muito mais que a mim lutarem contra as PCs; não o fizeram, também não era eu q ía sózinho...
Já agora, eu não quero ser chamado de Gestor de Risco nem preciso de frescura nenhuma de estatuto, ou carteira profissional ou sequer profissão. Se as apostas são jogo online, eu faço apostas, então sou jogador e não me importo nada. Deixem-se lá de merdas de nomes finórios e profissões pomposas para o que fazemos. Somos, ou eu pelo menos sou, jogador e quero que o Estado olhe para mim como olha para os jogadores do Euromilhões, Totoloto ou Raspadinha: http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/cieco006467.html
... capice?
PP, tenho lido nos últimos tempos algumas coisas tuas na Academia e no Geeks Toy e quero agradecer-te pois quer directamente pelo que escreves, quer pelo muito que indirectamente me levaste a pesquisar, tenho aprendido muito contigo. Obrigado!
Quanto ao conflito de interesses que falas, na sessão de esclarecimento no TeamSpeak que o Paulo fez no dia em que anunciou a ANAOn (passado dia 14), eu questionei-o directamente sobre a incompatibilidade entre as suas funções de Presidente da ANAOn e, simultaneamente, Embaixador da Betfair (ver entrevista do Paulo ao DN)... ao que o Paulo respondeu que teria sempre um papel isento e que, em último caso, delegaria noutro membro da Associação a resolução de um eventual conflito com a Betfair... entretanto já muita água passou debaixo das pontes, incluindo o emergir de forte contestação à liderança do PR.
Eu tb estou activamente a criar o meu plano de contingência e os agradecimentos que te fiz 2 parágrafos acima, têm muito a ver com isso. Aliás, terei sido dos 1ºs a expôr publicamente as linhas mestras do mesmo (alguns detalhes foram omitidos e outros entretanto alterados...) em Outubro passado aqui http://www.academiadasapostas.com/forum?topic=13194.msg136754#msg136754 e em mais 2 ou 3 artigos q escrevi no meu espaço.
E é também por, tal como tu, querer votar, ou mais do que isso, querer estar em consciência nas coisas, que eu aguardo com expectativa a sessão de esclarecimento do próximo dia 21
LusoGambler, a SBR é apenas mais um site daqueles que classificam as casas de apostas por pontuação (penso que vai de A+ até E-), e que ajudam na disputa de conflitos. São acusados por alguns de não ser totalmente imparciais, por isso destes não podemos esperar muito.
ResponderEliminarAgora a eCOGRA é só a reguladora britânica das apostas. Se tu visses como eles (não) me ajudaram, entendias porque as casas de apostas não têm problemas nenhuns em fechar contas e ficar-te com o €.
"Já agora, eu não quero ser chamado de Gestor de Risco nem preciso de frescura nenhuma de estatuto, ou carteira profissional ou sequer profissão. Se as apostas são jogo online, eu faço apostas, então sou jogador e não me importo nada. Deixem-se lá de merdas de nomes finórios e profissões pomposas para o que fazemos. "
LOL. Clássico ;D
Boas,
ResponderEliminarFico feliz por ter contribuido positivamente para outro “colega”, já que também era uma das minhas intenções desde que surgi nos interwebs. O trading é uma actividade muito particular, e a menos que se tenha uma sociedade "informal" com alguém, o online serve para partilhar algumas das experiências que advêm disto. Para além disso, gosto de aplicar os chamados "what, where, when, why, who and how" a tudo aquilo que dedico grande parte do meu tempo. E sendo o trading a full-time, só nesta procura de informação até ao seu esclarecimento é que encontro o meu conforto.
Quanto ao tema da associação, acho que já não há muito mais a dizer, e apenas há que aguardar pela famigerada reunião daqui a 2 dias via Teamspeak.
Cumprimentos,
Pedro
boa tarde a todos.
ResponderEliminargostei muito do que andei a ler aqui.
contudo tenho uma duvida que gostaria de ver esclarecida caso possam.
li aqui que alguns de vós já têm planos de contingência para o caso de algo correr mal no processo de legalização, ora é exactamente sobre esses planos que me questiono.
a situacao é a seguinte, tenho um colega que vive em inglaterra e eu estava a pensar ir até lá e mudar uma das facturas dele (agua luz ou outra qualquer) para o meu nome.
o que queria saber é se fizer isso se deixo de ter os tais problemas com a legalizacao.
-Queria saber s depois posso voltar para portugal e trabalhar sem problemas cá.
-e queria também saber se depois a betfair nao me vai arranjar problemas uma vez que tenho conta feita cá em portugal, será que tenho que abrir uma conta nova?
obrigado desde já
cumps
senhor lusogambler , expresso por meio dessa , o meu respeito pelos seues conselhos , exemplos e etc ...
EliminarBoas,
ResponderEliminarOntem apanhei bocados do meio da sessão de esclarecimento, fiquei agradado com a qualidade de alguns intervientes, mas no entanto não pude assisti-la na íntegra. Agora que ouvi gravação completa, não consigo deixar de expressar a minha opinião neste espaço, independentemente das reacções que possa provocar.
Há uns dias atrás, numa troca saudável de posts com o rikardoGoulart na Academia, disse que louvava a iniciativa da associação, e que não punha em causa a credibilidade de quem a lançou. No entanto, na minha opinião pessoal, dá a parecer que não o é para quem está de fora, porque o grupo de pessoas convidada para a AG é composta por elementos que gerem comunidades de afiliados de casas de apostas, e por isso perdem a sua idoneidade perante debates com representantes governamentais.
Não faço acusações, apenas expresso a minha opinião pessoal. Tendo em conta toda a polémica que adveio da criação da associação com os moldes actuais, o que dizer de uma sessão de esclarecimento que essencialmente nos diz “inscrevam-se porque estamos sem tempo”, mas fechámos a votação dos órgãos sociais no dia anterior?
Neste caso em particular, estavam representadas as duas maiores comunidades, por intermédio do Bruno e do Paulo. O Bruno, parecendo mais um convidado desta sessão de esclarecimento do que um representante, apenas focou em precisarem de massa crítica porque está mesmo a sair qualquer coisa para “nos entalar”. Mas afinal quando, e qual o prazo que associação tem para contrapor o famigerado diploma? E o Paulo passou o tempo na defesa de honra e na inexistência de conflitos. Eu percebo que ele diga que se for presidente da associação não toca em assuntos respeitantes à betfair, mas dizer que não vê conflitos, tanto pelos sites que vivem das comissões dos afiliados das casas de apostas, como em particular por ter cedido direitos de imagem à betfair... É claramente um ponto de vista puramente individual. E sem faltar ao respeito, sem a devida noção da percepção colectiva que irá ter.
E com isto apenas concluo o seguinte: o objectivo público secundário desta associação é a defesa dos interesses dos apostadores portugueses, e o objectivo privado principal é a não proibição de acesso a estas casas para manter cada comunidade. Sem hipocrisias. E a maior desilusão é utilizarem o mote de “estamos a fazer isto por todos vocês”, e isso é o que mais me desilude nos associativismos partidários, e que sempre me evitou afiliações.
Tudo isto para dizer o quê? Que estas eleições fazem-me lembrar o PSD Madeira e o Alberto João Jardim. E não gostaria de ser conotado com o José Manuel Coelho das apostas desportivas, porque não estou a atacar ninguém em particular, mas sim a atitude, desenrolar e argumentação das coisas.
Independentemente da criançada que poderá gerar-se à volta deste post, vou abster-me de comentar mais sobre este assunto. No entanto espero sinceramente que no meio disto saia algo com pés e cabeça que de facto sirva os interesses de todos. E apenas por isso vos desejo boa sorte!
Cumprimentos,
Pedro
Caro Pedro,
ResponderEliminarDeixa-me fazer-te, ironicamente, a seguinte pergunta:
Na analogia que fazes com o PSD Madeira e dizendo que não queres ser conotado com o JM Coelho, quem conotarias tu com o Alberto João???
Ok, não precisas de responder, além de irónica tb é uma pergunta de retórica... acho que todos sabemos a resposta...
Boas Lusogambler,
ResponderEliminarTenho todo o gosto em responder. Já agora, houve pedaços da minha última intervenção que só fazem sentido na Academia, e não neste blog. Considero este blog como a “Suiça” das apostas, pelo que ainda dá para ter um discurso saudável com os intervenientes.
Respondendo à tua pergunta, neste caso o "PSD Madeira" não é uma, mas sim as comunidades de apostadores que angariam clientes para casas de apostas (neste caso a Academia e o ApostaGanha), e o Alberto João não era uma conotação directa a uma personagem em particular, mas sim ao representante que cada comunidade tem, e por ter sempre por detrás um grupo alargado de pessoas que têm um comportamento de matilha para as suas causas, e pelos vistos, independentemente da ética ou moral no desenrolar destas.
Em particular, eu sei que deveria ter sido interventivo na última sessão de esclarecimento, e não vou usar desculpas para o efeito (mesmo que anteriormente o tenha feito) devido à seriedade do assunto. No entanto, tanto numa comunidade como noutra não consigo ver seriedade para perder o meu tempo. E é por isso que as minhas intervenções na Academia (que foi a única comunidade onde me registei) vão passar apenas por esclarecer alguém com alguma dúvida em que eu possa ajudar.
Mas ressalvo que não tenho problemas com o sucesso dos outros, mesmo que o meu discurso possa ter tido uma variação que dá essa conotação. Numa nota mais pessoal, confesso que na altura que não conhecia o trading de apostas, comecei por aprender através dos teus vídeos (um muito obrigado por isso), e também senti que era uma fonte viável dado o mediatismo causado pelo Paulo. Talvez se não tivesse tido esses exemplos, não tivesse trabalhado tanto para chegar à minha estabilidade actual. No entanto, a desilusão de todo este assunto já ninguém me a tira.
Cumprimentos,
Pedro
pessoal, ninguem me consegue mesmo falar dos planos de contingência.
ResponderEliminargostava que nao fosse neccessario mas tambem queria comecar a preparar um.
abraço